quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A. W. B.

Te escrevo estas linhas à beira de água,
aqui; frente ao meu mais antigo amigo.
Maior que ele, só o coração e a mágoa,
fieis ajudantes na industria do destino

Bondade e beleza é poder inspirar o ar,
pois apareces aí, no profundo de mim.
Fervem os olhos em água ao te contemplar,
dom imerecido viver numa alma assim

Aqui, onde o tempo do dia claro faz escuro,
verás como do triste amor mais não quero.
Como cego em agonia na escuridão procuro,
da escravidão me libertar, mas é efémero.

Tal como tu mar, nem santo nem herói.
Como tu amigo, nem cobardia ou valentia,
apenas o gentil e temido amor que destrói.
Alegria? Quem sabe… talvez um dia.


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