quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Galheta de Deus (contraposição à Queda em Deus de Bruno)


Quando um homem nasce, Deus faz com que nasça uma linda menina com ele. Ao crescer, na busca de algo, o homem acelera pelo mundo na missão de encontrar esse mesmo algo que lhe falta.
Deus, cansado e incomodado por vê-lo a correr em desespero como um tonto, chama os Deuses e diz-lhes: - Juntem-se uns aos outros e formem uma parede invisível.
De seguida, chama o tresloucado e celelípede indigente com o apetitoso apelo: -Vem cá moço, quero-te dar um trabalho onde se ganha muito e se trabalha pouco.

Ou ouvir este apelo, o guloso golem, dirige-se freneticamente para o local de onde este surgiu.
Deus, escondido, espera que este chegue na sua voluntariosa correria. Ao passar por Deus, este salta do seu esconderijo e pela traseira, desfere-lhe uma valente galheta, que faz com que o homem devido ao omnisciente e omnipotente impacto se espete na parede invisível dos deuses.
Nesse momento os deuses tornam-se visíveis e, na confusão, a menina que existe dentro do homem aparece-lhe de frente.
Nesse momento, o homem apercebe-se que a imagem daquilo que ele buscava na vida, nunca deixou de estar com ele.

Deus, na sua ilimitada misericórdia, apieda-se dos homens porque: - Uma parte deles o merecem devido ao trabalho que executam no mundo. A outros, devido a uma disciplina correcta com que procedem na vida. A outros ainda, porque já está farto deles.

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